Não há porto no Brasil mais próximo dos Estados Unidos e a da Europa do que Pecém. E, com a expansão do canal do Panamá, a estrutura será a alternativa mais vantajosa no país para o despacho de navios de grande porte (os chamados pós-Panamax) até a China.
Com um calado que chega aos 18 metros, e espaço para ampliar em até 10 vezes a atual capacidade (750 mil contêineres por ano), a direção do porto traça planos ambiciosos. “Queremos que o Pecém se torne o principal porto concentrador de cargas do Nordeste e um dos maiores do país”, disse Francisco Oliveira, diretor de Desenvolvimento Comercial, em entrevista à equipe do projeto Caminhos da Safra.
Os números já são expressivos. Somente no ano passado, a movimentação de cargas cresceu 22%, segundo a Cearáportos. Ao todo, foram 4,15 milhões de toneladas, com média mensal de 35 navios. “Estamos para iniciar nossa segunda expansão, com investimentos de R$ 580 milhões”, disse o diretor.
Caminhos da Safra chega ao porto do Pecém: futuro promissor
O porto foi inaugurado em 2002, no distrito de Pecém, em São Gonçalo do Amarante. O objetivo era atender às demandas de uma refinaria e uma siderúrgica que, no entanto, acabaram por se viabilizar apenas 10 anos depois. “No período, Pecém foi sendo adaptado para buscar outras vocações e mercados”, conta a coordenadora comercial, Rebeca Oliveira.
O mercado de frutas tropicais in natura para a exportação foi um dos investimentos mais bem-sucedidos. “Somos hoje o principal porto exportador de frutas do país, com mais de 30% de participação”, diz. Até 2020, uma terceira expansão prevista ampliará o número de berços da atracação para 17 (hoje são seis), em um investimento estimado em R$ 1,5 bilhão. Para os próximos anos, também está prevista uma estrutura para a armazenagem e a exportação de grãos.
FONTE: Globo Rural / Texto: Rodrigo Vargas.
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